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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pe. João Novais - Missa de 7º dia

Com imensa saudade, a comunidade paroquial recebeu o conforto da comunidade arquidiocesana, na presença do Sr. Arcebispo Dom Fernando Saburido e de cerca de 16 irmãos no sacerdócio.

A seguir, apresentamos algumas imagens desse encontro, onde rendeu-se graças por tudo o que o Pe. João Novais pôde fazer em nosso meio, como instrumento de Deus, e se ofereceu o grande sacrifício da Missa em sufrágio dele.





Outras imagens podem ser conferidas acessando o álbum da Paróquia no Picasa.
A autoria dos registros é de Thiago Gouveia.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Nota de falecimento

É com pesar que comunicamos, à comunidade paroquial das Graças, o falecimento do nosso querido pastor, Pe. João Novais.

Segundo as primeiras informações obtidas pela secretaria paroquial, o Pe. João Novais faleceu nas primeiras horas do dia 1º de Setembro de 2011, hoje, ainda dentro do avião que o levava a Lisboa para suas férias anuais. Foi socorrido num primeiro infarte dentro do voo, tendo recuperado-se e até agradecido pelo socorro. Em seguida, teve um segundo infarte, já próximo ao pouso, sobre o qual houve pouco a se fazer.

Pe. João era português e por isso costumava curtir suas férias em sua terra natal. No próximo mês (outubro) completaria 50 anos de sacerdócio.

O Pe. João esteve à frente dessa comunidade durante as últimas décadas, tendo levado nossa comunidade a romper o milênio a passo da Igreja. Sempre fez questão de trazer os desafios propostos por todas as instâncias superiores da Igreja, fosse as campanhas de evangelização promovidas desde Roma, fosse pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), fosse pela própria Arquidiocese de Olinda e Recife.

Também era zeloso pelas orientações da Igreja, quando Roma falava, em qualquer matéria, ele aceitava sem qualquer tipo de questionamento. Sua liturgia era impecavelmente obediente ao que manda a Igreja.

Aqueles que o conheciam mais de perto puderam, ao longo dos trabalhos da comunidade, perceber que a falsa aparência que alguns tinham dele, de que seria um homem bruto, duro, caia por terra rapidamente. Tratava-se de um pastor sensível às dores dos homens, de cada homem. Sempre disposto a pacificar os conflitos, além de insistente promotor da unidade paroquial.

Ainda há pouco a ser dito quanto às implicações que seu falecimento para a comunidade, e tampouco é o momento de discutir o assunto, já que certas decisões cabem ao nosso Arcebispo, Dom Fernando Saburido. Por hora, cabe-nos sentir a dor da despedida, ao mesmo tempo em que podemos agradecer a Deus pela chance de ter conhecido e convivido com esse pastor tão humano e solidário.

A missa de sétimo dia será celebrada em nossa comunidade no próximo dia 9 de setembro, às 20 horas. O sepultamento e demais celebrações naturalmente serão realizado em Portugal, pelas razões já citadas nesse texto. O expediente paroquial hoje foi encerrado, porém notícias podem continuar sendo publicadas aqui ao longo do dia (Atualizado em 02/09/2011).
O site da Arquidiocese de Olinda e Recife já publicou nota de falecimento, com justa homenagem, que pode ser conferida clicando aqui. Confira também as notas no Pernambuco.com, no PE360graus e no NE10.

A Pastoral da Comunicação abre esse canal para depoimentos dos fiéis. A próxima edição do Porta-Voz será uma homenagem, e gostaríamos de publicar depoimentos que fizessem juz ao que o Pe. João deixou, seu legado em nossa comunidade. Para participar, "postem um comentário" abaixo, se não souber como preencher o perfil, marquem "Nome/URL". Ela será publicada no site à medida que vá sendo aprovada pelo moderador.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dependência, só se for de amor

Os jovens de nossa comunidade estão promovendo, como fechamento da Semana da Família, uma conferência sobre o exercício da liberdade no ambiente familiar.

O jovem Rafael, da Comunidade Maanaim, ex-usuário de drogas, falará sobre o poder transformador do amor em sua vida.

Participe: será no próximo domingo (21 de Agosto de 2011) no horário das 17 às 19 horas, no Salão Paroquial da Igreja Matriz das Graças.
Entrada franca, sem necessidade de inscrição.

domingo, 14 de agosto de 2011

O problema do mal

Por Dom Murilo Krieger (scj, arcebispo de São Salvador da Bahia)
Salvador, terça-feira, 26 de julho de 2011 (publicado originalmente em Zenit.org)

“Você acredita em Deus?” Com essa pergunta, a jornalista terminava uma longa entrevista com um conhecido esportista nacional. A resposta que ele lhe deu chamou minha atenção, porque expressa o que muita gente pensa a respeito do problema do mal. O drama e a angústia do esportista são a angústia e o drama de inúmeras pessoas, em situações, épocas e lugares diferentes:

“É difícil dizer que acredito em Deus. Quanto mais desgraças vejo na vida, menos acredito em Deus. É uma confusão na minha cabeça; não encontro explicação para o que acontece. Por que é que meu filho nasce em berço de ouro, enquanto outro, infeliz, nasce para sofrer, morrer de doença, e há tudo isso de triste que a gente vê na vida? É uma coisa que não entendo e, como não tenho explicação, é difícil de acreditar em um Ser superior.”

O mal, o sofrimento e a doença fazem parte de nosso cotidiano. As injustiças, a fome e a dor são tão frequentes em nosso mundo que parecem ser normais e obrigatórias. Fôssemos colocar em uma biblioteca todos os livros já escritos para tentar explicar o porquê dessa realidade, ficaríamos surpresos com sua quantidade.

Para o cristão, mais do que um culpado, o mal tem uma causa: a liberdade. Fomos criados livres, com a possibilidade de escolher nossos caminhos. Podemos, pois, fazer tanto o bem quanto o mal. Se não tivéssemos inteligência e vontade, não existiria o mal no mundo; se fossemos meros robôs, também não. Por outro lado, sem liberdade não haveria o bem e nem saberíamos o que é um gesto de amor. Também não conheceríamos o sentido de palavras como gratidão, amizade, solidariedade e lealdade.


O mal nasce do abuso da liberdade ou da falta de amor. Nem sempre ele é feito consciente ou voluntariamente. Quanto sofrimento acontece por imprudência! Poderíamos recordar os motoristas que abusam da velocidade ou que dirigem embriagados, e acabam mutilando e matando pessoas inocentes. Não é da vontade de Deus que isso aconteça. Mas Ele não vai corrigir cada um de nossos erros e descuidos. Não impedirá, por exemplo, que o gás que ficou ligado na casa fechada asfixie o idoso que ali dorme. Repito: Deus não intervém a todo momento para modificar as leis da natureza ou para corrigir os erros humanos.

O que mais nos angustia, talvez pela gravidade das consequências, é o mal causado pela violência, pelo ódio e egoísmo. Os assassinatos e roubos, os sequestros e acidentes, as guerras e destruições são como que pegadas da passagem do homem pelo mundo. O mal acontece porque usamos de forma errada nossa liberdade ou não aceitamos o plano de Deus, expresso nos mandamentos. Quando nos deixamos levar pelo egoísmo e seguimos nossas próprias ideias, construímos o nosso mundo, não o mundo desejado por Deus para nós.

Outro imenso campo de sofrimento é o das injustiças. Quantos se aproveitam de sua posição e de seu poder para se enriquecer sempre mais, à custa da miséria dos fracos e do sofrimento dos indefesos! Terrível poder o nosso: podemos fechar-nos em nosso próprio mundo e contemplar, indiferentes, a desgraça dos outros.

Não se pode, também, esquecer o mal causado pela natureza, quando suas leis não são respeitadas. Com muita propriedade, o povo diz: “Deus perdoa sempre; o homem, nem sempre; a natureza, nunca!” A devastação das florestas e a contaminação das águas fluviais trazem consequências inevitáveis, permanentes e dolorosas para a vida da humanidade. Culpa de Deus?...

Diante do mal, não podemos ter uma atitude de mera resignação. Cristo nos ensina a lutar, combatendo o mal em suas causas. O bom uso da liberdade e a prática do bem nos ajudarão a construir o mundo que o Pai sonhou para nós. Descobriremos, então, que somos muito mais responsáveis por nossos atos do que imaginamos. Fugir dessa responsabilidade, procurando fora de nós a culpa de nossos erros é uma atitude cômoda, ineficiente e incoerente. Assumirmos a própria história, colocando nossas capacidades a serviço dos outros, é uma tarefa exigente, sim, mas que nos dignifica e nos realiza como seres humanos e filhos de Deus.