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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Bento XVI, divisor de águas no impasse político-religioso no Brasil


Três dias antes das eleições para presidente da república no Brasil, depois de amplas, mais pouco conclusivas, discussões no âmbito político-religioso, o Papa Bento XVI aproveita a visita dos Bispos da Regional Nordeste 5 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para fazer considerações decisivas sobre qual deve ser o papel da Igreja e dos seus bispos no exercício da cidadania no Brasil.

Os próprios bispos do Brasil, integrantes da CNBB, haviam encontrado impasses a respeito do posicionamento e aconselhamento aos fiéis brasileiros. Enquanto alguns se posicionaram veementemente contra o PT e a candidata Dilma Rousseff, a respeito da ideologia do partido em questões que dizem respeito a descriminalização do aborto, liberdade de expressão (da imprensa e até dentro dos templos, no pronunciamento a questões como homossexualismo), através de textos e vídeos nos sites de suas arquidioceses, amplamente acessados no YouTube, as autoridades máximas da CNBB insistiam em manter-se o mais imparcial possível.

Caso não consiga visualizar o vídeo abaixo, clique em "continue lendo", logo abaixo.
 

Com uma declaração pouco comprometida, inerte, limitando-se a exortar "os fiéis católicos a terem presentes critérios éticos, entre os quais se incluem especialmente o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana", as autoridades da CNBB perderam a oportunidade de cumprir à risca o seu papel de trazer à luz os atos denunciáveis promovidos no governo atual que constituem grave perigo à sociedade democrática e ao povo cristão, como o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH3).

Em momentos como esse, e à luz do compromisso assumido na Conferência de Aparecida, em 2007, esperava-se uma ardorosa cobrança aos candidatos da atualidade em se pronunciarem a respeito da Vida, cobrando dos candidatos posições claras e coerentes com o que espera um país onde 169 milhões de pessoas (89% da população) professa a fé cristã. Tal participação, antes de ser vistos como uma interferência da Igreja em assuntos políticos (que alguns veriam como fora de sua alçada), muito colaboraria com o processo democrático, onde todos os grupos buscam seus interesses diante dos candidatos (é só ver a manifestação das feministas e homossexuais).

Há pouco menos de 2000 anos Jesus Cristo já havia ressuscitado e ascendido aos céus, deixando Pedro como seu representante. Segundo o Livro dos Atos dos Apóstolos, na Bíblia, este decidiu uma questão bastante discutida entre os demais bispos, sendo plenamente aceito em seu veredicto como autoridade máxima e suprema da Igreja. Da mesma forma, agora faz Bento XVI em relação ao Brasil. Esperamos que não seja tarde demais para que corrija o dever de casa dos bispos brasileiros. Que se cumpra agora a máxima "Roma Locuta, Causa Finita", isto é, o papa falou, questão resolvida.

Quanto aos candidatos, pela repercussão desse pronunciamento do Papa, já podemos perceber o quão dóceis são às orientações da Igreja. Enquanto um exorta Bento XVI pela sua preocupação, o outro "respeita sua opinião", esquecendo que, para os católicos, o papa não tem "opinião", e sim "autoridade".

Como disse Maquiavel em seu livro "O príncipe", cada povo tem o líder que merece. Esperemos que o povo brasileiro mereça muito, e faça por valer o seu voto no domingo.

Deus salve a Terra de Santa Cruz. Amém.

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Leia o pronunciamento do Papa na íntegra: O Porta-Voz online
Veja um vídeo explicativo sobre o avanço do PNDH3: I | II
Vários pronunciamentos de líderes católicos sobre o assunto: I

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