Foi uma felicidade participar do terceiro Encontro Mariano. Maria é uma figura impar na religiosidade católica. Não sei até hoje, porque os nossos amigos que se fecham no protestantismo, não guardam a estima e o respeito que nós católicos a dedicamos. Ela tem tudo para ser o centro de nossas atenções como filhos de Deus e irmãos de Jesus. Uma lógica por mais superficial que seja nos encaminha à Maria como mãe do Senhor é bíblico. Mesmo assim eles não entraram no cerne da questão. Rezemos para que um dia encontrem o caminho.
Depois de cantos iniciais Pe. João abriu a sessão de estudos. Quem presidiu foi o Pe. Sérgio Absalão. Na tela resumiu a palestra que ia proferir. As citações evangélicas: Mt 12,46-50; 13, 53-58; Jo 2,1-2 e 19,25-27, foram os fundamentos bíblicos para a reflexão. Ao ler teremos oportunidade de constatar a aproximação de Maria ao ministério de Jesus. Ela exerceu sua missionaridade com eficiência.
A palestra dividiu os argumentos em três módulos. Cada módulo tratava de um momento histórico em que Maria, exercendo sua função de mãe, se disponibilizava à missão do filho a quem conhecia muito bem quem era.
No primeiro o da encarnação. Não foi tão fácil a decisão que Maria tomava ao pronunciar seu “Faça-se”. Mas definiu a situação e o milagre foi operado. Esse mistério resume todo um programa traçado pelo Pai Eterno. Maria está nas mãos do Criador, mas uma vez. Aliás, cabe-nos registrar um inteligente argumento do Pe. Sergio definindo o que seja Mistério. Dizia, Mistério é algo que se mostra e se esconde. Ele é patético, mas não define cabalmente o que se deseja explicar. A inteligência e a fé completam a imagem que se deseja formar.
No segundo, o da Páscoa. Jesus na Cruz e Maria de pé junto com alguns discípulos. Mulheres presentes testemunhavam a grande passagem. Salientou Pe. Sergio, não eram figurantes eram testemunhas que junto com Maria, outra mulher, testemunhava também a grandeza do filho de Deus que completava, com os últimos suspiros, o que estava fazendo em favor da humanidade. Era a família de Jesus que ali estava. Maria que havia gerado o filho de Deus presenciava o ofertório do seu filho ao Pai Criador. Participou do mistério da encarnação e presenciava o mistério da crucificação. Meus irmãos e mãe são aqueles que me seguem. A família é que garante a humanidade de Jesus. Maria mais uma vez é o esteio deste grupo que testemunha a emulação de Jesus. Encoraja, dá força e estimula às mulheres que a acompanham. Benditas mulheres que souberam acompanhar os passos de Jesus.
No terceiro, no pentecostes. Estavam lá os apóstolos. As mulheres que seguiam Jesus desde o principio. E não poderia faltar Maria, a mãe de Jesus. Era a presença de Maria que consolidava todos aqueles momentos. A presença da mãe de Jesus é a garantia da continuidade dos ensinamentos de Jesus. Em nenhum momento Maria se omitiu ou faltou. Não precisava falar, seu semblante de aprovação e amor materno diziam da disponibilidade de que estava imbuída. O espírito santo que recebera no pentecostes já lhe era familiar. Em outras ocasiões recebeu a intimidade do Espírito de Deus.
Coloco em resumo, o que pude apreender das sábias lições. Os instantes de maior grandeza da vida de Jesus e que marcaram sua presença nesta terra, contaram com a presença marcante de Maria. Na anunciação o ”faça-se “; no pé da cruz a acolhida do corpo inerte do filho salvador; e no pentecostes a familiarização com o divino Espirito Santo. A tarde tivemos uma palestra que demonstrou a espontaneidade da irmãzinha querida Irma, nos levando ao enriquecimento de conhecimentos sobre a Mãe Rainha. O terço foi a estrada percorrida no final da tarde.
Encontros como esse merecemos participar com mais freqüência.
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