
Há seis anos as redes sociais apenas engatinhavam, e a forma de navegar na internet era bastante diferente. As pessoas buscavam notícias nos grandes portais, administravam suas finanças nos bancos na internet, compravam nas lojas mais conhecidas. E a maior parte das interações com outras pessoas ainda se dava através de email e do messenger (MSN).
Hoje, mais do que encontrar pessoas em redes sociais, você compartilha conteúdo com elas. Diz o que está pensando, indica notícias e artigos, compartilha fotos e vídeos, conversa em áudio e vídeo ao vivo e novidades aparecem a cada novo dia.
Dentro desse contexto, no último dia dedicado às comunicações sociais Bento XVI escreveu orientações sobre o papel dos cristãos nesse contexto, destacando dois aspectos: a verdade e a autenticidade. A respeito disso, a agência de informações internacional Zenit publicou uma entrevista com um especialista em comunicação de marcas e instituições Guillaume Anselin. O Porta-voz na internet reproduziu a publicação e aqui destaco os pontos mais altos, por julgar o assunto de grande interesse de grande valia aos cristãos com o perfil dos nossos paroquianos.
Considere-se que o cristão deve ser um agente da verdade, porque a Verdade é o próprio Cristo. Na era da informação muitas vezes há carência de fontes que comprovem os dados, e também nas redes sociais muitas vezes as informações são transmitidas como se fossem verdade, sem que se tenha investigado com cautela suas fontes. Consideremos o que diz o administrador W. Edward Deming: "Em Deus nos acreditamos. Todos os outros precisam nos trazer dados".
Portanto, ao cristão cabe ser luz, iluminando os fatos para que a Verdade apareça. Com fontes concretas e linguagem acessível, testemunhar com simplicidade aquilo que se crê. Ao mesmo tempo, usar de uam "criatividade responsável", com um "escrupuloso profissionalismo", para que as mensagens sejam claras e atraentes.
E não há como cumprir esse aspecto se se esconde através de um perfil (ou avatar) falso. Apesar das possibilidades que a internet oferece de que as pessoas se mantenham no anonimato ou se comuniquem através de pseudônimos, é essencial que haja coerência entre o mundo real e o mundo digitalmente conectado. Este primeiro passo já constitui em si mesmo um primeiro testemunho da verdade. Ser íntegro, num único testemunho de vida, sóbrio e equilibrado até mesmo na escolha de seu conteúdo na rede de computadores.
Isso tem a ver com Autenticidade, outro ponto destacado por Bento XVI e pelo entrevistado. não adianta queremos ter iniciativas católicas, se não o somos. Na linha da autenticidade da fé, seremos incapazes de comunicar uma fé que não vivemos, ainda que seja pela internet.
Em seu conteúdo, o cristão deve lembrar-se sempre da mensagem a ser transmitida. Deve lembrar que é a face de Cristo que todos buscam, muitos mesmo sem saber. E a encontrarão se for mantido o foco de oferecer respostas simples, nos formatos mais variados, às questões elementares a respeito da fé, da vida e da sociedade. Feito isso, por maiores que sejam as redes do novo mundo, não suportarão o peso de tanta pesca e também se romperão... em Salvação para Cristo, e em novos membros para a Igreja.
0 comentários:
Postar um comentário